AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO DURANTE O PERÍODO DE HOSPITALIZAÇÃO

Autores

  • Elias Ferreira Porto Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)
  • Francisca Elenir Batista Pereira Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)
  • Talita Vanessa Gonçalves da Silva Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)
  • Wellington Gomes Moura Universidade cruzeiro do sul (UNICSUL)
  • Abrahão Augusto Joviniano Quadros Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)
  • Claudia Kümpel Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).
  • Henrique Almeida Assis Costa Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)

DOI:

https://doi.org/10.71334/3085-6531.2024v1n3.e0005

Palavras-chave:

Fisioterapia respiratória, Pico de fluxo expiratório, PEmáx, PImáx

Resumo

Alguns fatores podem estar diretamente relacionados com a fraqueza da musculatura respiratória e consequente diminuição das pressões respiratórias. A pressão inspiratória máxima (PImáx) e a pressão expiratória máxima (PEmáx) são indicadores da força da musculatura inspiratória e expiratórios respectivamente, o Pico de Fluxo Expiratório (PFE) é um indicador de obstrução das grandes vias aéreas, interferido pelo grau de insuflação pulmonar, pela elasticidade torácica, musculatura abdominal e pela força muscular. Diante disto, o objetivo deste estudo foi avaliar a PImáx, PEmáx e Pico de Fluxo Expiratório durante o período de hospitalização e correlacionar a capacidade dos músculos respiratórios de gerar pressão com a composição corporal do indivíduo. Tratou-se de um ensaio clínico, com técnica exploratória, descritiva simples com avaliação da PImáx e PEmáx, pico de fluxo expiratório (PFE) e da composição corporal de indivíduos hospitalizados, realizado entre os meses de outubro à novembro de 2014. Foram selecionados 42 pacientes, destes 14 foram excluídos porque realizaram apenas uma avaliação, restando apenas 28 pacientes sendo estes distribuídos em dois grupos, Grupo Controle (GC) e Grupo Intervenção(GI). O GC apresentou média de PImáx de 52±19 no início e 43±18 no final e o GI com média inicial de 53±30 e final de 75±29, tendo aumentado significantemente. A PEmáx do GC não houve perda significativa (p=0,78); já o GI a PEmáx foi de 51±26 inicial e 65±31 final (p=0,041) apresentando aumento significativo. No PFE não foi encontrado diferença significante em ambos os grupos. Houve correlação entre PImáx e PEmáx, PFE e IMC tanto no GC quanto no GI. A PEmáx e PEmáx aumentaram com a intervenção de exercícios respiratórios, enquanto houve redução para aqueles pacientes que não realizaram exercícios, já o pico de fluxo expiratório se manteve em ambos os grupos bem como o índice de massa corpórea.

 

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Biografia do Autor

Elias Ferreira Porto, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)

Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), docente no Mestrado em Promoção da Saúde no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP).

Francisca Elenir Batista Pereira, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)

Acadêmica do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP).

Talita Vanessa Gonçalves da Silva, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)

Acadêmica do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP).

Wellington Gomes Moura, Universidade cruzeiro do sul (UNICSUL)

Acadêmico do Curso de Fisioterapia da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL).

Abrahão Augusto Joviniano Quadros, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)

Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP).

Claudia Kümpel, Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).

Doutora em Biotecnologia pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). 

Henrique Almeida Assis Costa, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)

Mestre em Promoção da Saúde pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP).

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Publicado

2024-12-20

Como Citar

Ferreira Porto, E., Pereira, F. E. B., Silva, T. V. G., Moura, W. G., Quadros, A. A. J., Kümpel, C., & Assis Costa, H. A. (2024). AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO DURANTE O PERÍODO DE HOSPITALIZAÇÃO. Health Promotion Evidence, 1(3), e0005. https://doi.org/10.71334/3085-6531.2024v1n3.e0005

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